O e-sports cresceu no Brasil ao mesmo tempo em que o preconceito se manteve

O país já conta com o terceiro público mundial e com times que são potencias no cenário global, mas ainda sofre com a grande discriminação contra as mulheres nos jogos. 

Playstation 4. Foto: Vitor Vicente

O Brasil tem o maior público cativo da América latina e o terceiro maior do mundo quando se trata de vídeo games. O país conta com 75 milhões de jogadores, divididos nas diversas plataformas, com o mercado brasileiro movimentando cerca de R$ 6 bilhões de reais por ano para a indústria.  Esse é o principal fator que explica o grande sucesso que campeonatos desse gênero tem feito no país.  

Mas não é o único fator. O feito da Sk Gaming (Equipe formada só por jogadores brasileiros) que entre 2017 e 2018 no CS:GO, conquistou 11 títulos internacionais, foi essencial para o crescimento do e-sports brasileiro. Como afirma Pablo Oliveira, mais conhecido como “Xrm”, narrador de competições de CS:GO, “Assim como acontece em outros esportes, como por exemplo, na época do Ayrton Senna na Fórmula 1, do Guga no tênis e do Anderson Silva no UFC. É natural que, quando um brasileiro está bem em um esporte, esse cenário cresça no Brasil”, disse o narrador.  

O fenômeno SK também favoreceu a criação de uma nova geração de jogadores entusiasmados com esse esporte. Como explica o também comentarista da modalidade, Guilherme Kemen, conhecido como “Guizão”, ele diz que esse domínio mostrou para os próprios brasileiros que é possível chegar lá. “Fez o sonho nascer em muitas pessoas”, completa o comentarista. 

Inclusive fez nascer o sonho em muitas garotas, elas que representam 52% dos 75 milhões de jogadores do país. Número que não se repete no cenário profissional, onde a maioria das equipes é formada por homens, as poucas equipes mistas ou formadas apenas por mulheres, ainda sofrem com o preconceito, principalmente do público. Como aconteceu com a equipe BR Crusaders, time feminino de Rainbow Six Siege, que recentemente ganhou uma qualificatória feminina para competir na Dreamhack do Rio de Janeiro. Porém, as profissionais sofreram vários ataques de internautas, que revoltados com uma vaga destinada exclusivamente para uma equipe feminina, alegaram que as meninas não tinham mais capacidade do que outros times formados por homens e que elas estavam apenas tomando uma vaga de alguém melhor, para passar vergonha.  

Esse é um problema que vem desde as jogadoras amadoras. Como no caso de Mariane Luis, que joga apenas casualmente, mas que já passou por várias situações, graves inclusive. “Quando eu jogo online, muitos meninos ficam fazendo piadinhas comigo, falando que eu não sei jogar direito ou até mesmo me assediando”. Ela ainda conta que por esses motivos, muitas garotas se passam por homens para poder jogar tranquilamente. “Eu jogo muito League Of Legends e lá, muitas garotas trocam o nickname (nome dentro jogo) para de homens ou que tenham um gênero neutro, para outros jogadores não descobrirem que é uma garota que está ali”. Explica Mariane. 

Principais acontecimentos do e-sports. Por: Alan Oliveira e Reginaldo Pereira

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Days Gone. Foto: Vitor Vicente

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Link: https://youtu.be/3HDrSgrBq_s

Desabafo de Mariane Luis sobre a toxicidade da comunidade gamer

https://soundcloud.com/user-972981366/audio-mariane/s-IMzYZ

Escrito Por: Vitor Vicente, Alan Oliveira, Reginaldo Pereira e Carlos Daniel.

3° e 2° semestre.

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