De volta a caverna?

Um debate, não tão recente, que ocorre no Brasil, para que estudar sociologia e filosofia?

Por: Diogo Nogueira

No dia 26 de abril, o Presidente Jair Bolsonaro havia confirmado que o Ministério da Educação estudava descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas) e que o objetivo era focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina. No Twitter, o presidente também disse “A função do governo é respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta”.

Essa declaração trouxe a tona o debate sobre a banalização dos estudos sobre o homem e a sociedade que há muito tempo se ouve no brasil, fazendo barulho dentro e fora das universidades públicas, dividindo opiniões de estudantes por todo o país, afinal qual a importância destes cursos para nossa sociedade? E como os estudantes de outros áreas encararam esta notícia? Tal anúncio recebeu de cara uma certa resistência por muitos nas redes que relevaram a importância e a necessidade do estudo destas áreas no ensino superior, “É um curso com muita cultura, os dois, que a gente tem que ter conhecimento para a gente saber no futuro o porque no passado teve isso ou aquilo”, diz Geovanna estudante de biomedicina.

Mas é comum vermos pessoas por aí  menosprezando cursos de humanas, especialmente sociologia e filosofia, como se não servissem para nada com argumentos como “isto não dá dinheiro” ou “só estuda isso quem não quer trabalhar”. Entretanto há quem diga que são áreas importantes, mas que deveriam receber mais atenção durante o ensino fundamental e médio como diz a estudante de direito Letícia “Os cursos são fundamentais, mas como todos nós sabemos esses cursos, na verdade, nós já temos uma pequena base no ensino fundamental…quanto mais sabemos no ensino fundamental, saímos mais preparados para entender de política no ensino superior. Mas a sociologia, filosofia e história isso era uma base que o ensino fundamental tinha que ter para os alunos saírem preparados”. Para Elvis Wanderley, professor e coordenador do curso de jornalismo da UNIP, os investimentos devem ser feitos tanto no ensino básico, fundamental e médio quanto no superior. “Não acho que deve desamparar as universidades, as universidades estão aí! Porque de fato tem que investir!”.

Opinião dos acadêmicos sobre a descentralização dos investimentos na educação?

Por: Matheus Duarte

Opinião dos acadêmicos sobre a descentralização dos investimentos na educação?

Competição por vagas em universidades públicas

Por: Matheus Duarte

Competição por vagas em universidades públicas


EXPO CIEE, evento focado na inserção dos jovens no mercado de trabalho.

Por: Matheus Duarte

A Expo CIEE 2019 que ocorreu entre os dias 23 e 25 de maio, no Pavilhão do Parque do Ibirapuera, esse ano disponibilizou 3 mil vagas de estágio e 900 vagas de aprendizagem, o evento contou com quase 50 mil participantes de toda a cidade de são Paulo.

Organizada pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), que todo ano produz um evento dessa escala no Parque do Ibirapuera, tanto para os jovens que já fazem parte do programa, quanto para os que buscam ingressar no mercado de trabalho.

Palestras sobre finanças, inclusão, saúde e esportes, foram os temas de grande importância para a conscientização dos jovens para o mercado de trabalho que pretendem seguir.

Espera-se que após esse evento o número de jovens desempregados caia para o segundo trimestre do ano, já que nos primeiros três meses de 2019, segundo o IBGE, a taxa de desemprego entre os jovens de 14 e 17 anos chegou a 44.5%. Para os de 18 a 24 anos, subiu para 27.3%.

Jovens e estudantes na fila para entrarem na EXPO CIEE

Mercado de trabalho para os calouros do ensino superior

Por: Matheus Duarte

Num cenário altamente competitivo, muitas vezes, ingressar no mercado de trabalho pode ser uma tarefa muito difícil, já que muitas vezes mesmo para se candidatar a uma vaga de estágio é preciso ter ao menos algum tipo de experiência, o que dificulta a vida dos estudantes de primeiro e segundo semestre das universidades.

Num cenário altamente competitivo, muitas vezes, ingressar no mercado de trabalho pode ser uma tarefa muito difícil, já que muitas vezes mesmo para se candidatar a uma vaga de estágio é preciso ter ao menos algum tipo de experiência, o que dificulta a vida dos estudantes de primeiro e segundo semestre das universidades.

Atualmente existem muitos programas de assistência à procura de estágios aqui na cidade de São Paulo, dos maiores conseguimos destacar o CIEE (Centro Integração Empresa Escola) e o ASAM (Centro de Apoio ao Jovem), que segundo apuração, juntas as ONGs possuem mais de 30 mil jovens estagiários auxiliados na procura por emprego.

Caso se interesse, aqui estão os contatos das duas instituições para busque o auxílio na árdua procura por um estágio.

Centro Integração Empresa Escola – CIEE

Rua Tabapuã, 540 – São Paulo – SP

Itaim Bibi | CEP: 04533-001

Tel: (11) 3040-9800

Site: http://www.ciee.org.br

ASAM – Centro de Apoio ao Jovem

Rua Barão de Duprat, 312 – Santo Amaro – São Paulo/SP

CEP 04743-060

Tel: (11) 5686-4666 / fax:5548-4262

Site: http://www.asam.org.br

Grupo: Diogo Nogueira, Eryck Patryck, Kelly Moreira, Matheus Duarte

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Educação

A não obrigatoriedade das disciplinas de Sociologia e Filosofia no ensino médio

Filosofia e sociologia serão diluídas no ensino médio.

Por: Vitória Régia

No ano de 2006, as disciplinas de Sociologia e Filosofia se tornaram obrigatórias na estrutura curricular do Ensino Médio brasileiro. Desde então, muitas discussões foram geradas em torno da importância dos conhecimentos de cada uma dessas disciplinas na formação intelectual e humanística dos estudantes. Até que em 2017, foi aprovada por medida provisória a reforma do Ensino Médio, onde foi promovida uma série de mudanças na educação básica brasileira e uma das mais polêmicas era a que tornava Sociologia e Filosofia matérias não obrigatórias e sim optativas durante os três anos de ensino médio.

Foto: Vitória Régia

Para João Eduardo, professor de Filosofia e Sociologia na rede pública do estado de São Paulo a Filosofia tem uma grande importância para a sociedade. “Se ela for bem ensinada, tende a levar o indivíduo a um autoconhecimento, alcançando uma autonomia e se situar tanto na sua própria vida, como vai se direcionar para a sociedade, enquanto a Sociologia por sua vez tem de mostrar para o indivíduo onde ele está inserido, como é o funcionamento dessa sociedade e como viver bem nela.”

João, ainda fala sobre a importância do ensino dessas matérias no atual período político que vivemos e dá a sua opinião sobre as mesmas se tornarem optativas. “Elas são fundamentais na formação de uma sociedade, para como eu já disse, o entendimento do que se vive, de onde se vive, do que eu devo e não devo fazer, como eu tenho e como não tenho que escolher e principalmente para a escolha dos representantes que vão estar lá, me representando na minha luta pelos meus direitos, garantidos pela Constituição. O não conhecimento da população, por parte desse assunto, já torna uma população mais alienada e no momento político que nós estamos vivendo ela só vai causar alienação para a população de um modo geral e é uma  pena tratar a questão do conhecimento, um conhecimento tão importante para o ser humano e para a população, uma questão optativa, porque você vai tirar um pouco da liberdade de aprender o todo, porque esse é um conhecimento global, então não está somente direcionado a área de Humanas. você estaria privando as pessoas de outras áreas, de um conhecimento que faz parte da sociedade, que é um conhecimento geral e isso vai tornando cada vez mais os indivíduos vazios de si.”

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A importância da Filosofia e Sociologia na formação pessoal de cada indivíduo

Por: Raquel Arruda.

Foto: Vitória Régia

Vera Enju, professora de português a mais de 20 anos na rede pública de ensino nos conta que o ensino da Filosofia e Sociologia é de uma importância vital na formação de cada indivíduo. “Sem a Sociologia e a Filosofia você não encaminha o aluno a pensar, a ter um senso crítico, uma formação de ideias e com isso você acaba tendo um robô que simplesmente você despeja o conteúdo, o mesmo assimila e acaba no esquecimento.”

O ensino dessas disciplinas é indispensável e fundamental para que a sociedade desenvolva um senso crítico em relação aos acontecimentos importantes que afetam nossa sociedade, para que não sejam ludibriados e também para que tenham uma formação pessoal de cada indivíduo.

A Filosofia e a Sociologia ajudam o aluno a ter uma compreensão de onde ele veio e para onde ele irá, além de auxiliar na compreensão do futuro de cada indivíduo e pensar na sociedade como um todo.

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A vida e a filosofia

Por: Derick Carvalho

Foto: Vitória Régia

É certo que a importância da filosofia e da sociologia para a sociedade é indiscutível, as matérias são fundamentais para a formação do cidadão crítico, aquele que conhece seus direitos e deveres. Todas as outras matérias também têm seu grau de importância na formação dos jovens, todas devem funcionar como um conjunto.

Na atualidade, se dá uma maior importância e visibilidade para matérias de exatas, por exemplo. O governo dá a entender que seu povo não precisa pensar, não precisa questionar, não precisa criticar e muito menos sair do comum. O foco está nas matérias e cursos que no futuro vão firmar o seu valor no comercial, e estas também são de extrema importância, fazem o mundo funcionar, mas aquelas que são atribuídas aos valores sociais e culturais não podem ser deixadas de lado nunca. A filosofia é a mãe de todos os saberes, ela é uma ferramenta para o ser pensante. Sem a filosofia um médico poderia se perder dentro do seu código de ética, poderia distorcer o sentido da sua própria profissão.

Sem a filosofia e a sociologia, criaremos cientistas sem moral, engenheiros sem escrúpulos e no fim vamos nos perder, vamos deixar de lado o mais puro do conhecimento humano. A filosofia é o estudo de tudo, e sem ela podemos perder tudo.

Feito por: Vitória Régia, Raquel Arruda e Derick Stu.

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ONG´s como ferramentas de Inserção Social

Por: Dominik Silvestre
Guilherme Cardoso
Jessica Paiva
Pablo dos Santos

As organizações regionais sem fins lucrativos, estão crescendo cada vez mais na cidade de São Paulo. O Instituto de Cultura e Lazer Ebenézer é uma delas, que vem trazendo há 2 anos, esperança e dignidade para diversas pessoas no bairro do Jardim Ângela. Muitos voluntários e admiradores do projeto já presenciaram ou viveram experiências transformadoras através dele, principalmente no meio jovem. Laura e Ezequiel são belos retratos desse cenário.

Laura Santos, 26, Estudante de Psicologia, decidiu aos 15 anos de idade sair de seu Estado de Origem (Pernambuco) e resolveu vir para São Paulo com uma tia, se hospedou por 10 dias na casa de seus familiares, mas não se sentiu confortável com algumas situações. Foi então que considerou alugar sua própria casa, faltavam recursos e apoio emocional, mas ela decidiu se arriscar. Certo dia sua amiga do colégio a convidou para conhecer a Ong, ela foi conhecer o projeto Feminina que viabiliza o crescimento emocional e intelectual das mulheres. Laura sempre foi uma pessoa retraída, muito tímida e sentia-se incapaz por ser mulher, negra e periférica em uma sociedade machista, racista e seletiva. Através das palestras e ajuda dos voluntários Laura desenvolveu perspectivas e se empoderou.

Ezequiel,19, Estudante de Administração, começou a trabalhar com 13 anos de idade e teve um estudo defasado na rede pública, passava por muitas adversidades em casa, sendo vítima de agressões físicas e verbais. Por conta dessas situações precoces ele cresceu com a auto estima abalada. Após a sua inserção nos projetos que a ONG oferece, agregou não somente em sua vida profissional mas na pessoal também, trazendo a memória sobre o seu valor em meio a sociedade e trouxe estímulo e esperança, não limitando jamais seus sonhos.

Duas histórias diferentes, de pessoas diferentes, mas que se uniram através das ações do Instituto Ebenézer e hoje atuam juntos nas inserção e reinserção social do munícipes do bairro do Jardim Ângela. Acompanhe aqui um trecho da entrevista realizada com a Laura Santos.

Instituto Ebenézer e a Mobilização Regional

O Instituto de Cultura e Lazer Ebenézer foi fundado oficialmente no dia 12 de dezembro de 2017 pelo bacharel em psicologia Ueliton Rocha, mas já caminhava há alguns anos de forma informal com ajuda de voluntários no primeiro projeto da instituição denominado “Jardim Ângela sem fome“, onde eles atendiam cerca de 10 pessoas em situação de rua com entrega de marmitas, hoje o número de pessoas atendidas nesse mesmo projeto subiu para 30.

Marmitas distribuídas as pessoas em situação de rua

A ONG ainda não possui uma estrutura física própria, ela se utiliza dos espaços cedidos pelos próprios voluntários dos projetos, atualmente já são 10 projetos e 9 voluntários fixos e mais 20 informais que ajudam quando podem. As ações atendem todas os públicos e faixas etárias, incluindo imigrantes refugiados, que recebem aula de português ou são convidados a dar aula de francês, uma forma de integrar ou reintegrar essas pessoas na sociedade.

Sobre os recursos financeiros que mantém a ONG de pé Ueliton diz “Todas as verbas são doações de pessoas físicas, que assistem nossas ações através das mídias sociais e se sentem motivadas a doar” sobre o futuro da ONG ele diz prever o aumento de recursos e o alcance de público. Aqui você ouve um pouco da entrevista realizada com ele.

Ueliton Rocha – Fundador do Instituto Ebenézer

Sobre os Projetos

Abaixo é possível conferir um pouco mais sobre os projetos desempenhados pelo Instituto.

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O e-sports cresceu no Brasil ao mesmo tempo em que o preconceito se manteve

O país já conta com o terceiro público mundial e com times que são potencias no cenário global, mas ainda sofre com a grande discriminação contra as mulheres nos jogos. 

Playstation 4. Foto: Vitor Vicente

O Brasil tem o maior público cativo da América latina e o terceiro maior do mundo quando se trata de vídeo games. O país conta com 75 milhões de jogadores, divididos nas diversas plataformas, com o mercado brasileiro movimentando cerca de R$ 6 bilhões de reais por ano para a indústria.  Esse é o principal fator que explica o grande sucesso que campeonatos desse gênero tem feito no país.  

Mas não é o único fator. O feito da Sk Gaming (Equipe formada só por jogadores brasileiros) que entre 2017 e 2018 no CS:GO, conquistou 11 títulos internacionais, foi essencial para o crescimento do e-sports brasileiro. Como afirma Pablo Oliveira, mais conhecido como “Xrm”, narrador de competições de CS:GO, “Assim como acontece em outros esportes, como por exemplo, na época do Ayrton Senna na Fórmula 1, do Guga no tênis e do Anderson Silva no UFC. É natural que, quando um brasileiro está bem em um esporte, esse cenário cresça no Brasil”, disse o narrador.  

O fenômeno SK também favoreceu a criação de uma nova geração de jogadores entusiasmados com esse esporte. Como explica o também comentarista da modalidade, Guilherme Kemen, conhecido como “Guizão”, ele diz que esse domínio mostrou para os próprios brasileiros que é possível chegar lá. “Fez o sonho nascer em muitas pessoas”, completa o comentarista. 

Inclusive fez nascer o sonho em muitas garotas, elas que representam 52% dos 75 milhões de jogadores do país. Número que não se repete no cenário profissional, onde a maioria das equipes é formada por homens, as poucas equipes mistas ou formadas apenas por mulheres, ainda sofrem com o preconceito, principalmente do público. Como aconteceu com a equipe BR Crusaders, time feminino de Rainbow Six Siege, que recentemente ganhou uma qualificatória feminina para competir na Dreamhack do Rio de Janeiro. Porém, as profissionais sofreram vários ataques de internautas, que revoltados com uma vaga destinada exclusivamente para uma equipe feminina, alegaram que as meninas não tinham mais capacidade do que outros times formados por homens e que elas estavam apenas tomando uma vaga de alguém melhor, para passar vergonha.  

Esse é um problema que vem desde as jogadoras amadoras. Como no caso de Mariane Luis, que joga apenas casualmente, mas que já passou por várias situações, graves inclusive. “Quando eu jogo online, muitos meninos ficam fazendo piadinhas comigo, falando que eu não sei jogar direito ou até mesmo me assediando”. Ela ainda conta que por esses motivos, muitas garotas se passam por homens para poder jogar tranquilamente. “Eu jogo muito League Of Legends e lá, muitas garotas trocam o nickname (nome dentro jogo) para de homens ou que tenham um gênero neutro, para outros jogadores não descobrirem que é uma garota que está ali”. Explica Mariane. 

Principais acontecimentos do e-sports. Por: Alan Oliveira e Reginaldo Pereira

Saiba montar um PC Gamer que rode todos os jogos da atual geração pelo menor preço.

Days Gone. Foto: Vitor Vicente

O PC gamer além de oferecer um desempenho melhor do que o console, oferece também uma maior diversidade de jogos e com preços mais acessíveis, variedade de controle e multiplayer gratuito.

Link: https://youtu.be/3HDrSgrBq_s

Desabafo de Mariane Luis sobre a toxicidade da comunidade gamer

https://soundcloud.com/user-972981366/audio-mariane/s-IMzYZ

Escrito Por: Vitor Vicente, Alan Oliveira, Reginaldo Pereira e Carlos Daniel.

3° e 2° semestre.

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Feminicídio

Feminicídio: O ódio contra mulheres

Entenda o comportamento de potenciais agressores.

infográfico: O numero de casos de feminicídio aumentou em 12%

Centenas de mulheres são mortas todos os anos e muitos desses casos de feminicídio são realizados pelos parceiros dessas mulheres, num ato de querer impor superioridade. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha no começo desse ano, mais de 12 mil mulheres foram agredidas no ano passado e 1.173 foram mortas por crimes de feminicídio.

O feminicídio é o termo designado para crimes de assassinatos contra mulheres, cometidos por ódio contra o gênero. Apesar de ter diminuído o número de homicídios de mulheres no ano de 2018, comparado com o ano anterior, a taxa de crimes de feminicídio aumentou em 12%.

De acordo com a psicóloga Mariane Santos, os potenciais agressores podem ser identificados logo no início do relacionamento: “Você pode ir percebendo mudanças de comportamento do seu parceiro se desde o começo ele não tem uma atitude legal, geralmente relacionado a algum tipo de comportamento abusivo, como a pessoa te privar de coisas que você quer fazer. Aos poucos ela começa a comandar a sua vida, a forma que você deve se vestir ou o modo de se comportar com os outros. Existem vários tipos de comportamento que aos poucos vão minando para algum tipo de relacionamento complicado, que pode acabar como um caso de feminicídio”.

Mesmo com o alto número de casos de feminicídio, as vítimas de relacionamentos abusivos não se sentem seguras em buscar ajuda com a polícia ou até mesmo com a família. Para o Policial Militar Cesar Ferreira, o medo dos agressores e as leis ineficazes contribuem para que as vítimas não busquem ajuda: “O principal motivo é o medo, pois todos nós sabemos como nossas leis são frágeis e algumas obsoletas.Não existe, de fato, uma punição efetiva pra quem comete violência doméstica. Aliás, todo nosso sistema de justiça deveria ser revisto e colocado em prática de modo mais eficaz.”

Como relata a jovem Ana*, estudante de 19 anos, que esteve em um relacionamento abusivo por seis meses: “As pessoas perceberam o tanto que eu emagreci, os roxos que apareciam. Eu sempre tinha que justificar de uma forma diferente. Acho que quando eu me toquei, foi quando a minha vó o ouviu gritando, começou a tremer, e pediu para ele parar de falar comigo. Ela disse que tinha medo de me ver em uma reportagem do Datena, isso mexeu muito comigo.”

*O nome da vítima foi alterado para preservar sua identidade.

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“Ele jurou que nunca iria fazer isso comigo”, diz jovem vítima de agressões

O relato de uma jovem que sofreu com um relacionamento abusivo.

Imagem de um dos machucados da vítima.

A cada dois segundos uma mulher sofre algum tipo de violência no Brasil, e essa é a história de uma jovem de 19 anos que se viu numa situação que ela mesmo jamais imaginaria passar.

Ana conheceu Paulo em seu bairro, onde ele tinha um estúdio de tatuagem. Eles começaram a conversar por uma determinada rede social e logo ela percebeu que Paulo era intenso com seus sentimentos, ele lhe contou que já tinha agredido a ex-namorada, mas Ana, mesmo achando estranho, preferiu acreditar que com ela seria diferente: “Ele jurou que nunca iria fazer isso comigo”.

A garota relata que as agressões do ex-namorado começaram por volta da terceira semana de namoro, o mesmo a proibiu de falar com a família dele, disse que sua família não era boa, após isso, começaram as proibições de roupas e até esmaltes.

O seu agressor tinha um ciúme exagerado, um dia correu atrás de uma mulher na estação do metrô, pois a moça havia elogiado a menina. Paulo tinha uma possessividade ao ponto de que, até para almoçar a garota era obrigada a levar o celular para ficar conversando por mensagens. Ana teve que se afastar de amigos, parentes, perdeu sua privacidade em redes sociais, etc.

Foram seis meses de agressões psicológicas e físicas, a jovem informa que sabia que estava num relacionamento abusivo, só que não conseguia simplesmente terminar. A vítima teve medo de abrir o boletim de ocorrência, devido a quantidade de ameaças que recebeu. E hoje, cinco meses após o termino, informa que está procurando voltar para sua rotina e buscando ficar bem.

Assim como Ana, dados indicam que três a cada dez mulheres agredidas não fazem a denúncia, essas agressões deixam muito mais que marcas no corpo, deixam dores na alma. É preciso falar do assunto, e é preciso pedir ajuda. Disque 180 e peça ajuda!

*Todos os nomes foram alterados para preservar a identidade da vítima.

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Como ajudar uma mulher que sofre agressões

infográfico: Uma a cada quatro mulheres sofreu algum tipo de violência em 2018.

Atualmente o Brasil é o 7° pais que mais assassina mulheres no mundo, são aproximadamente 516 mulheres mortas por dia. Existe uma central de atendimento à mulher (180), que você deve ligar quando a vítima sofre algum tipo de agressão constante, mas não tem coragem de denunciar.

Já para o 190, ligue quando você estiver presenciando a agressão, não espere para ajudar uma mulher, não deixe que ela entre no carro com o “companheiro”, ela pode estar indo direto para a morte, impeça e chame a polícia imediatamente.

Feito Por: Daniel Alberto, Milena Cristina, Thainá Rodrigues e Willian Cesar.

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Fundação Poder Jovem: Como é viver e conviver com o HIV/AIDS nos dias de hoje.

Jovens da Instituição realizando evento de dança para conscientização e divulgação da ONG.
POR: Beatriz Garcia.

A Fundação Poder Jovem é uma ONG sem fins lucrativos que acolhe jovens vivendo e convivendo com HIV/AIDS. A missão dela é resgatar a autoestima desses jovens, a dignidade e incluí-los socialmente por meio de ações ligadas a educação, cultura e arte. A ONG é formada por voluntários e profissionais de áreas como saúde e assistência social, com o objetivo de resgatar jovens que precisam de orientação. Foi fundada com iniciativa da Pedagoga Sandra Santos e da Médica Infectologista, DRA. Glória Brunetti. Uniram suas áreas de conhecimento para criação dos projetos de adesão ao tratamento clínico e sociocultural.

A ONG realiza variados programas sociais. Entre eles: Palestras de conscientização e prevenção realizada em instituições de ensino; aulas de teatro, dança e música; clube de leitura; cursos profissionalizantes; voluntariado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
Além de eventos como: Arraial Comunitário, Samba Rock e Hip Hop positivo, encontros para promover a conscientização e a cultura de prevenção, Feijoada do Bolinha para ajudar financeiramente a Fundação Poder Jovem, Seminários e muito mais.

Respectivamente: Renata, Sandra, Anderson e Jade.
POR: Beatriz Garcia

Conversamos com alguns jovens acolhidos pela ONG: Renata, Jade e Anderson, que são Jovens que estão há muito tempo com a Fundação e acompanham os projetos e palestras. No vídeo abaixo eles nos contam sobre sua vivencia e algumas dificuldades que tiveram vivendo com HIV/AIDS e como foi lidar com o preconceito no início, nos falam também do quão importante foi o papel da Fundação Poder Jovem para a sua autoaceitação e integração na sociedade. Além de darem dicas para outros jovens que estão descobrindo que vivem ou convivem com pessoas que contém HIV/AIDS

A Fundação Poder Jovem pode ser encontrada nas seguintes redes sociais:
Página do Facebook: Fundação Poder Jovem
Instagram: @fpjpoderjovem
Site: Fundação Poder Jovem
Ou através do e-mail da Coordenadora Sandra Santos:
sandra.santos@poderjovem.org.br

Índices de infecção e mortalidade

Os primeiros casos de HIV/AIDS surgiram no início dos anos 1980, foram reconhecidos nos Estados Unidos em decorrência de um conjunto de sintomas: Sarcoma de Kaposi e Pneumonia pelo Pneunocistis carinii. Perante estes casos, o CDC – Centers For Disease Control And Prevention (órgão de vigilância epidemiológica norte-americana) começou a estudar essa doença e determinaram que as principais características epidemiológicas fossem de doença infecciosa, que podia ser transmitida por via sexual, vertical e parental. Segundo dados do Ministério da Saúde, o índice de Infecção do Vírus HIV tem diminuído nos anos de 2005 a 2017. Porém os números ainda são muito significantes chegando até aproximadamente 5935 infectados com cerca de 40% de mortalidade só no Sudeste do Brasil.

Casos notificados por região de 2005 – 2017.
Taxa de mortalidade por região em 2017.

Plataformas de informações e apoio sobre HIV/AIDS

Atualmente existem diversas plataformas de apoio a pessoas vivendo e convivendo com HIV/AIDS. Nelas há informações sobre o vírus, medicamentos e prevenções, postos de atendimento e de acolhimento. Segue abaixo algumas plataformas e o que elas oferecem:
Disque DST/AIDS Ademir Godoy: oferecido pela Secretaria do Estado da Saúde. Ele orienta sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e AIDS; indica serviços especializados para a realização de teste anti-HIV, presta atendimento de DST e tratamento de pessoas portadoras de HIV/AIDS,entre outros.
GASH: é uma casa de apoio que oferece hospedagem para pessoas que vieram de diferentes cidades e regiões para tratamento, exames testes rápidos, palestras, aconselhamentos e campanhas de prevenção e comunidades em geral.
CRT – Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS: presta serviços de atenção integral à saúde da população em DST, HIV/AIDS.
UNAIDS: tem a função de criar soluções e ajudar nações no combate à AIDS.
Viva Bem: Aplicativo para portadores de HIV/AIDS. Serve como lembrete para tomar os medicamentos, serve também para acompanhar exames, tirar dúvidas sobre os medicamentos e monitorar CD4 e carga viral. O aplicativo está disponível nas plataformas de Android e IOS.
Loka de Efavirenz: Coletiva Periférica que auxilia com informações, encaminha o Vivendo para ongs esobretudo denuncia as violações aos Direitos Humanos apessoas vivendo com HIV/AIDS.

POR:

Antônio Rosa – D81036-7
Beatriz Garcia – N369BJ-2
Karina Fonseca – D2468B-7
Wendy Yungo – D8279E-1

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MOVIMENTOS CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Protestos contra os cortes na educação e Reforma da Previdência em diversos estados brasileiros.

Segundo os organizadores, cerca de 1,5 milhão de pessoas estavam presentes na manifestação.

Sindicato Sinpeem na manifestação – Foto: Katlyn Gonçalves

Realizada no dia 15 de maio de 2019, a manifestação contra os cortes no orçamento da educação e contra Reforma da Previdência, reuniu nas ruas de São Paulo e em diversos estados do país, uma multidão. 
Os manifestantes ocuparam áreas da Avenida Paulista em São Paulo, com objetivo de protestar contra as decisões anunciadas pelo governo federal, na educação e desmonte na aposentadoria. No início da noite, a marcha caminhava em direção à sede da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Entre os grupos de pessoas presentes, estavam estudantes, professores, centrais sindicais e ativistas políticos.

O percurso foi marcado por palavras de ordem como “Não é mole não, tem dinheiro pra milícia, mas não tem pra educação”, “Tira tesoura da mão e investe na educação”, “Fica ligeiro, fica ligeiro, quem não pode com formiga não atiça o formigueiro”.
Segundo Luciana Augusta, professora, representante de escola e conselheira pela SIMPEEM, o movimento pode gerar resultados positivos e mudar a decisão do governo, “nós derrubamos a reforma do Temer em março de 2017, a educação do país fez uma greve de 17 dias, e derrubou a reforma naquele momento, então acredito que é possível”.
Ainda segundo Luciana existe outros movimentos contra Reforma da Previdência que já estão em andamento, “Tem uma chamada feita pelas centrais sindicais, CJP, intersindicais e outras centrais, para o dia 14 de junho, que também é um dia nacional de luta, mais da classe trabalhadora, não só da educação, apesar de que hoje (15) também a gente tem outros trabalhadores aqui, mais hoje é uma chamada da educação já no dia 14 de junho é da classe trabalhadora, movimento contra reforma”.

O que motivou a manifestação de 15 de Maio?

No dia 30 de abril, o novo ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou cortes às universidades que não apresentassem desempenho acadêmico esperado e que promovam eventos com balbúrdia em suas dependências.
No mesmo dia, foi anunciado pelo MEC que o contingenciamento de verbas de 3,5% discricionário das universidades (despesas não obrigatórias), atingiria também a todas as universidades federais e não apenas das de Brasília (UnB), da Bahia (UFBA) e a Fluminense (UFF); que seriam apontadas pelo ministro como palco de balbúrdia.
A aprovação do contingenciamento de verbas na educação está em debate no Plenário da Corte, como relator o ministro Celso de Mello do Supremo Tribunal Federal (STF), optou por não decidir sozinho sobre o tema. Ainda não há previsão de data para julgamento.

Escrito por – Natalia Helena

Movimento contra a reforma da previdência ganha força em São Paulo

Greves, protestos e manifestações contra a reforma tornaram-se rotina na capital paulista.

Protesto do dia 15 de maio de 19 – Foto: Katlyn Gonçalves

Desde a apresentação da proposta de reforma, o clima de mobilizações contra a aprovação da mudança na previdência se intensificou em São Paulo. Protestos e greves passaram a ser cotidiano dos moradores das regiões centrais da capital paulista. Trabalhadores, mobilizados por centrais sindicais uniram forças para lutar contra a proposta do governo federal para Reforma da Previdência, paralisando áreas como escolas e hospitais, organizando manifestações e ocupando ruas para protestar.

Ricardo Patah presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), afirma apoiar a transparência dos números sobre a previdência, para que tenha uma real posição da situação, e saber se existe um déficit. A aprovação ainda não tem previsão, razão pela qual o texto da proposta do governo federal deverá ainda ser discutido e poderá sofrer alterações. “O congresso nacional já tem expressado a opinião de que a forma que foi apresentada a proposta não será aprovada”, afirma Ricardo. Da parte das organizações sindicais, foi criada uma assembleia geral já com representantes de diferentes áreas, tendo em vista fazer crescer o movimento contra a Reforma da Previdência.

Escrito por – Katlyn Gonçalves

Servidores Públicos não têm valor para o governo.

Além da manifestação do dia 15 de maio, desde o inicio do novo governo a população está resistindo às propostas sugeridas.

juntos por um Brasil melhor – Foto: Katlyn Gonçalves

As novas propostas do governo Jair Bolsonaro veem causando indignação na população pode-se perceber por conta dos protestos e greves realizadas desde o começo do ano, contras as ideias apresentadas para os cidadãos.
Muitas delas não são divulgadas pelos meios de comunicação, pois a maioria está do lado do governo e não da sociedade. Como a greve em uma escola no Capão Redondo que teve 33 dias de paralisação total, tendo inicio no dia 4 de fevereiro de 2019, e não foi relatada por nenhuma mídia.
O Professor e Representante Sindical Augusto Saraiva, trabalha no colégio que ficou em greve, foi um dos participantes na organização da greve. O governo prefere investir nos serviços privados, que traz lucros para o mesmo, não valorizando o trabalho desses profissionais. E os serviços públicos são necessários para a população.
Os professores que realizaram a paralisação por quase um mês teve apoio completo e compreensão dos servidores municipais e dos pais dos alunos, que também serão afetas caso entre em vigor a nova Reforma da Previdência.

Escrito por – Ingrid Domingues

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Qual o comportamento antes e depois da cirurgia bariátrica.

Como psicólogos e pacientes tratam a cirurgia bariátrica e como os pacientes se sentem emocionalmente

Em São Paulo entrevistamos a especialista em psicologia especializada em cirurgia bariátrica, a Psicóloga Dra. Marlene Monteiro, também entrevistamos duas pacientes que fizeram a cirurgia e mantem seus pesos, Ruth Buarque de Salvador, Bahia e Ana Paula Guimarães Marques Silva, São Paulo. Desta forma analisamos o comportamento desses pacientes e suas dificuldades psicológicas para manter o seu peso.

A Dra. Marlene explica melhor esse processo psicologicamente de quem faz a cirurgia bariátrica.

A primeira fase seria essa avaliação psicológica onde podemos conhecer esse paciente.

A segunda fase seria realmente a explicação de todo esse processo, mas também a explicação do trabalho do que é a cirurgia bariátrica.

A terceira fase seria entender um pouquinho do porque que eles estão fazendo essa cirurgia.

Existe um outro trabalho, que é o trabalho de acompanhamento psicoterápico de base analítica, que não tem nada haver com a cirurgia, mas sim trabalhar as questões que estão ligado a seu estado emocional, a questão da afetividade, a questão do sintoma, não nos importando muito com o que está comendo ou deixando de comer, mas sim quem é essa pessoa? Qual o ser humano? Qual a pessoa que existe dentro dessa obesidade? Que indivíduo que é esse?”

Audio Dra Marlene: https://youtu.be/iNH-j1DWIUY

As pacientes explicam o porque tomaram a decisão de fazerem a cirurgia.

Eu sempre trabalhei a obesidade como parte da minha vida, era obesa desde de pequena, então acabou que fez parte da minha adolescência até minha fase adulta, o que aconteceu é que eu tinha medo de morrer logo, então fazer a cirurgia foi uma opção para ter uma qualidade de vida melhor.” Explica Ana.

Audio Ana: https://youtu.be/4zqFGU3e5t0

Segundo Ruth ela explica o porque tomou a decisão de fazer a cirurgia. 

Fiz minha cirurgia em Salvador em um núcleo chamado NTCO (Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade), esse núcleo tem uma equipe multidisciplinar que atende ao paciente, tem o próprio cirurgião, nutricionista, psicólogo, então para você ser aprovado para cirurgia você tem que passar por toda essa equipe e tem uma avaliação psicológica, fiz esse acompanhamento antes e depois fiz um atendimento só.

Fazem 10 anos que já fiz a cirurgia, então foi muito importante todo o processo que eu vivi no Núcleo, de entender as fases.”

Audio Ruth: https://youtu.be/fUu0kWMYN4Y

Link vídeo: https://youtu.be/ItaGyhSZuEA

No Brasil população acima do peso passa de 60%.

Foto: Evento Elements – Arquivo de Imagens

No brasil o número de pessoas acima do peso ou com obesidade são alarmantes, são mais de 60% da população brasileira, isso significa mais de 82 milhões de pessoas estão com o IMC (índice de massa corporal) igual ou maior que 25% sobrepeso ou obesidade).

No ano passado mais de 100 mil pessoas se submeteram a cirurgia bariátrica, mas infelizmente mais de 50 mil desses pacientes tiveram ganho de peso, ou seja, mais da metade.

Foto: Evento Elements – Arquivo de Imagens

No ano passado mais de 100 mil pessoas se submeteram a cirurgia bariátrica, mas infelizmente mais de 50 mil desses pacientes tiveram ganho de peso, ou seja, mais da metade.

No Brasil em 2017 as cirurgias bariátricas cresceram mais de 224% em relação a 2008, foi quando o SUS começou a fazer o procedimento, segundo levantamento do Ministério da Saúde.

Criação do Gráfico – Alvaro Contrucci
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/07/cirurgia-bariatrica-cresce-47-em-cinco-anos-no-brasil.shtml

Publicado por Alvaro Contrucci – 24.05.2019

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Reforma da Previdência: Como os jovens são afetados com a mudança

Jovens estão à procura de meios de investimentos desde que o governo federal apresentou a proposta de Reforma da Previdência ao Congresso Nacional.

Posicionamento do jovem diante das propostas da Reforma da Previdência. Foto: Reprodução/Milena Bairros

         O governo federal anunciou em fevereiro de 2019 a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 287) da nova Reforma da Previdência. Com o corte de despesas, a ideia do governo é economizar R$ 1,1 trilhão em 10 anos e tentar reduzir o déficit da previdência. Esta mudança atinge grande parte da população brasileira, principalmente, os trabalhadores que estão há muitos anos no mercado de trabalho, mas como os jovens tem se posicionado diante das propostas apresentas?

         Segundo a advogada Eliane Nogueira Costa, são poucos os jovens que se interessam pela Reforma da Previdência, pois não é algo que os afetaria atualmente. Estes que compreendem, apoiam essa Reforma, mas não pensam nas pessoas que estão há mais tempo trabalhando e que serão as mais afetadas.

         Existem exceções, como é o caso da Técnica de Enfermagem Raquel Silva, que escolheu pagar uma Previdência Privada para ela e outra para a sua filha de 9 anos, que terá acesso apenas quando atingir a maioridade. Aos 39 anos, Raquel Silva já pensa no futuro, “eu pago Previdência Privada pensando na minha filha e por esse ser um investimento pro futuro.”, acrescenta “Eu pensava em me aposentar por tempo de trabalho, mas hoje eu sei que talvez isso seja pouco possível de acontecer.”

         O mesmo pensamento tem a Supervisora de Atendimento Juliana Lopes, 32 anos, afirmando que investir em imóveis é uma das melhores maneiras de garantir o dinheiro para quando for mais velha. Se posicionando contra as propostas da Reforma da Previdência, alega “Tem que ter uma reforma da previdência, mas que comece pelo próprio governo, que diminuam os direitos, de presidente, senadores, corte auxilio-motorista, auxilio-combustível e outras coisas, e direcionem isso para a defasagem da previdência”.

         Aos jovens que planejam providenciar uma aposentadoria mais rápida, Eliane Costa sugere a Previdência Privada, “é uma coisa que todo mundo deveria fazer, já que a Previdência [Social] está ficando incerta. Na Previdência Privada a pessoa consegue se estruturar na sua aposentadoria, pra no futuro você ter um salário digno pra viver e é mais barato do que a Previdência Social”.

Entrevista com a Técnica de Enfermagem Raquel Silva.

Acesso ao benefício da Previdência está mais demorado

A aposentadoria é um recurso que todo contribuinte tem direito. Com o passar dos anos, o número de pessoas que solicitaram o benefício aumentou, passando de 184 para 221 mil no país, entre janeiro de 2016 e 2017. Por conta disso, o processo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acabou demorando muito mais. Hoje, o tempo médio de espera para conseguir um atendimento na agência do INSS é de três meses. Isso porque, em razão da possível reforma da previdência, a busca pelo benefício aumentou significativamente.

Segundo a Eliane Nogueira Costa, advogada especialista em direito previdenciário, até junho de 2018, a maioria precisava esperar cerca de dois meses para receber a carta de concessão ou o pedido negado. Atualmente, essa espera é de cinco a seis  meses. Vale ressaltar que muitos brasileiros desistem da aposentaria após receberem a negação, pois não possuem o conhecimento ou o próprio advogado não conferiu se o INSS analisou da forma correta a sua aposentadoria. Há quem também acabe aposentando com um valor muito abaixo do que era de seu direito receber. Isso acontece por conta do desemprego que afetou o INSS,  por isso não está tendo retorno do dinheiro que é pago para os aposentados, e no Brasil, temos um sistema em que o trabalhador paga a contribuição para o INSS cobrir a aposentadoria do idoso.

Infográfico elaborado em: 03/04/2019

Obstáculos por trás do seu direito

Idoso aguarda em frente ao prédio da Previdência Social. Foto: Reprodução/Isabela Pinho

Segundo a advogada Eliane Costa, a Câmara dos Deputados tem discutido diversos fatores sobre a Reforma da Previdência, conforme proposta do governo Bolsonaro. Um deles é o tempo de contribuição, que passará de 15 para 20 anos, a mulher que se aposentaria aos 60 anos de idade sobe para 65 anos, e o homem que era com 65 anos passa a ser com 70 anos.

A aposentada Maria Das Neves da Silva trabalhou durante 30 anos como ajudante geral, se aposentou aos 60 anos e, mesmo estando aposentada, continua trabalhando, porque o valor que recebe não é o suficiente para manter seus gastos. Essa situação a obrigou a voltar ao mercado de trabalho, realidade que é a mesma de muitos brasileiros que chegaram a essa fase da vida.

Por:

Isabela Pinho-D5906B5

Milena Bairros-D72JDH8

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PSICOTERAPIA GRATUITA CHEGA A UNIVERSIDADES PRIVADAS

PROJETO CPA (CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA) ATENDE GRATUITAMENTE PÚBLICO COM TRANSTORNOS DE DEPRESSÃO NA UNIVERSIDADE PAULISTA.

Foto tirada por Adriana Lellis

Atendimento rápido, gratuito e de qualidade têm sido um grande desafio quando falamos de psicoterapia, as instituições públicas costumam ser de longa demora e de difícil acesso. A Universidade Paulista a 16 anos vem com o projeto CPA (Centro de Psicologia Aplicada) onde são realizadas triagens e psicoterapia para pacientes com depressão e outros transtornos sob direcionamento de profissionais e estagiários da área.

O Centro de Psicologia Aplicada da UNIP tem por objetivo oferecer estágio para os alunos de psicologia e atender a população que procura atendimento, comenta umas das coordenadoras Dra. Silvia Lopez.  Atualmente a cerca de 200 estagiários e 25 supervisores psicólogos compõe o CPA. “Os adultos passam pelo Plantão Psicológico, que é o pronto atendimento e a partir dessa consulta, são encaminhados para o atendimento adequado.” A clínica funciona de acordo com a unidade da UNIP que se encontra, é necessário marcar horário, pois existe grande demanda. “Em um semestre recebemos cerca de 400 pacientes com queixas variadas. ” Diz coordenadora.

Natasha Roosevelt paciente com depressão diz que foi difícil achar algum profissional que se identifique, interrompeu o tratamento por conta disso. ‘’Passar no psicólogo é muito complexo por que algumas pessoas se dão bem e outras não, a demora te desmotiva.’’ Seguindo hoje sem tratamento adequado.

Marianna Bonaccini (foto tirada por Fernanda Mayane)

Marianna Bonaccini 19 anos, estudante de jornalismo ex paciente do CPA está em fase de tratamento do transtorno, ela conta sobre sua depressão “Na pré-adolescência, sempre tive muitos problemas na escola, família, e problemas de auto estima, comecei a ler umas matérias sobre, fui pesquisar, e então me toquei que eu realmente aparentava ter a doença.” A paciente está em fase de tratamento, e fez algumas sessões no CPA.

Sobre depressão

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo, este transtorno tem se visto cada vez mais frequente em nossa sociedade. Uma entrevista realizada com uma especialista na área, Julia Carvalho dos Ramos Bacellar formada pela CDN (Centro de Diagnostico em Neuropsicológica) ela diz “A depressão de uma maneira geral é um distúrbio mental que causa desinteresse, ou seja, a falta de interesse por coisas do dia a dia ou por qualquer tipo de atividade, tirando assim o centro motivador da pessoa, e isso causa prejuízos no dia a dia, ela não tem interesse em realizar atividades rotineiras e isso acaba prejudicando ela por conta de afetar o trabalho até questões de higiene pessoal, questão de práticas das nossas tarefas diárias.” É importante ressaltar as origens da depressão, qual o processo dela, e de onde ela é originada, “É uma soma de fatores, são fatores bioquímicos de respostas hormonais que nosso corpo tem, fatores psicológicos, (de repente algum trauma, se a pessoa passou por algum evento de grande angustia) que é o principal sintoma.

Como tratar

A depressão pode durar anos. E uma vez que o indivíduo passe por uma crise, corre maior risco de enfrentar episódio semelhante outra vez na vida. Na maioria das vezes, o tratamento é feito em conjunto pelo psiquiatra e o psicólogo. Existem diversos medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral, e o médico escolherá segundo o perfil do paciente. O acompanhamento psicológico, que buscará levantar as causas do problema e como ele poderá ser desmontado, é crucial inclusive porque os remédios podem demorar um tempo para fazer efeito. Se abrir é um refúgio para quem possui esses tipos de transtornos, por se tratar de uma doença social a sociedade como  um todo tem seu papel de apoiar pessoas que a possuem, a especialista Julia Carvalho dos Ramos Bacellar comenta “A sociedade pode auxiliar as pessoas com depressão, para que elas possam auxilia-las precisam-se tomar consciência desses distúrbios, quais os sintomas e os tratamentos, na verdade preceda primeiro de uma conscientização, também não adianta querer fazer algo sem saber do que se trata, então é necessário ter uma “Psicoeducação”, precisamos educar as pessoas a respeito disso’’.

Reconhecer a importância da saúde psicológica é o ponto G para uma vida saudável, é muito gratificando saber que existem instituições privadas que se importam com o auxilio psicológico do próximo, afinal saúde mental não é luxo é necessidade.

Por

Fernanda Mayane

Mayara Silvério

Adriana Lellis

Raiane Vieira

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